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sexta-feira, 27 de junho de 2008

IDEIAS SOLTAS - Entre amigos a diversão é garantida!




O título da crónica não é novidade. Todos sabemos que com amigos a boa disposição, a alegria e o divertimento estão bem presentes.

Mas esta semana foi diferente. Ela resolveu vir à cidade do Porto, conhecer o S. João (aceitou o convite da crónica anterior) e a vida citadina.


Como boa anfitriã, procurei mostrar-lhe toda os locais mais fantásticos do Porto. Elas também desempenharam um papel fundamental. Ajudaram-me em tudo. Foi uma semana completa onde, apesar de alguns imprevistos (dos quais foi impossível ficar indiferente), ela se divertiu muito e nós, que já cá vivemos há uns aninhos, também.

Esta semana foi marcante porque me permitiu reflectir sobre como é importante haver alegria para que tudo se torne melhor e ainda mais fantástico.

São os amigos que tornam momentos, dias e ocasiões tão especiais. Vêem-se sorrisos, soltam-se gargalhadas, trocam-se olhares.

Os dias parecem maiores e fica-se sempre à espera do próximo programa, da próxima borga.

Não existem lugares para se ficar a assistir. A diversão é tanta que todos procuram fazer parte dela, integrar-se. Foi o que ela fez. E digo-vos: nunca vi ninguém que se encaixasse tão bem connosco. Principalmente quem vem de longe, de um meio diferente, habituada a lidar com outras pessoas. Desconhecia tudo e passou a conhecer pessoas muito importantes desta cidade (elas) e locais que espera voltar a visitar.


E penso que é assim que deve ser: devemos sempre procurar conhecer sítios novos, diferentes e, ao mesmo tempo, é fulcral que se faça na companhia de pessoas certas que proporcionarão momentos inesquecíveis, capazes de fazer com que a vontade de repetir tudo surja. Ela pensa assim. Pensa que será bom voltar cá e estar com amigos que, durante uma semana, acabou por fazer.

Elas e eu sentimo-nos orgulhosas da nossa cidade e transmitimos-lhe isso. Uma semana (onde tanta coisa aconteceu, como disse anteriormente) que todas queremos que se repita. E, volto a deixar um convite para todos aqueles que tenham curiosidade de visitar esta belíssima cidade.


“Vale mesmo a pena” – como ela disse. E eu sei que é verdade. Afinal de contas, durante esta semana, trocou tantas mensagens e telefonemas com as amigas dela (do sítio onde vive) que foi impossível não perceber que adorou a semana e que seguiu a máxima do “amigo do meu amigo, meu amigo é”. Obrigada por teres estado cá! E vocês leitores, quando vêm cá?


Mariana Ventura Norte

sábado, 21 de junho de 2008

IDEIAS SOLTAS - O S. João na Invicta




Como estamos em época de santos populares e sendo eu tripeira, resolvi escrever sobre uma das melhores festas da Invicta em honra do S. João. De 23 para 24 de Junho, a cidade do Porto muda por completo: começa com as famosas sardinhas ao jantar (ou costeletas de porco para os mais esquisitos) e depois segue-se um bom caldo verde, tudo passado na companhia de familiares ou amigos.


O cheiro do manjerico predomina, no céu muitos são os balões que se entrecruzam e as pessoas saem à rua acompanhadas de um martelo (porque sabe bem dar na cabeça umas das outras e ninguém leva a mal) ou, de um alho-porro, para aqueles que são mais atrevidos. A Ribeira e os Aliados são os locais de eleição. À meia-noite em ponto o fogo de artifício surge: eminente, repentino, devastador.

Depois do espectáculo, as pessoas procuram algo bem doce para reconfortar o estômago recorrendo às tradicionais barracas repletas de fogaças, de farturas, de algodão doce ou de pipocas.

Alguns são atraídos pelos matraquilhos, os carrosséis, as pistas dos carros ou ainda pelas tendas de venda das famosas louças de barro, das cutelarias, do tiro ao alvo e das tômbolas.

A festa estende-se à foz, onde muitos são os jovens que procuram divertir-se junto à praia esperando pelo nascer do sol. Há mesmo quem cumpra a tradição e como tal, toma um banho no mar da foz! É uma noite bem comprida, recheada de cor, de diversão e de muita alegria.


No dia do padroeiro, aquilo que não pode faltar no almoço é o anho ou cabrito assado com batatas assadas e arroz no forno. A tarde pode ser preenchida com passeios pela cidade e a visita às cascatas, obras de imaginação criativa e artística exclusivamente tripeiras. Por tudo isto, convido todos aqueles leitores que vivam nos arredores ou mesmo fora do Porto a experimentarem uma noite tão fantástica como esta! Por isso, dê uma escapadinha e venha divertir-se, estou certa de que gostará e que quererá repetir.


Para quem vai ou já passou por esta maravilhosa experiência, deixe algumas opiniões sobre a mesma.

Com tantas surpresas que a noite do Porto lhe reserva, vale mesmo a pena ficar em casa?

Mariana Ventura Norte


sábado, 14 de junho de 2008

IDEIAS SOLTAS - Apetece tudo… menos estudar!




O calor já deu sinais que veio para ficar. As pessoas começam a andar com roupa mais arejada, as bebidas frescas tornam-se apetecíveis e os gelados não passam ao lado dos mais gulosos. Mas… as aulas e o trabalho ainda não acabaram! Ainda há muito a fazer, seja para quem ande na escola, numa faculdade ou tenha um trabalho.

É nestas alturas que apetece ir até à praia dar um mergulho, ir com uns amigos até um bar, descontraindo e divertindo (que é muito importante também!).
No entanto (há sempre tantos “mas” nas nossas vidas…), a verdade é que a maioria dos alunos ainda irá passar por exames, testes, frequências e todos os nomes que dêem dores de cabeça, de barriga, ataques de desespero, de pânico, que coloquem os nervos à flor da pele e que causem uma certa tensão junto daqueles que os têm de realizar. Sim, todos sabemos que “é a vida” e que todos passam por ela. Não adianta dizer que “quem não deve não teme”, porque quando se passa por uma avaliação como um exame, por exemplo, teme-se sempre, mesmo sabendo a matéria. Nunca se sabe aquilo que irá sair (pois a matéria é muito extensa), como irá sair e como conseguiremos responder, porque muitas vezes, o nervosismo impede a realização de uma boa avaliação. Sim, a confiança em si mesmo é muito importante, mas nunca se sabe até que ponto o excesso de confiança só prejudica.
Dos que me rodeiam, vejo a maioria descontraída, achando que “isto já está a acabar” (para os que não se esforçaram, acabou mesmo e para o ano há mais, mas com um bónus - repetir todas as matérias outra vez), também não estão minimamente preocupados com as avaliações que se avizinham (nem dão sinais que se irão preocupar tão cedo…) e os dias são vividos na maior das alegrias, pois para eles o mais importante já chegou - o calor. Apenas uma nata dá sentido à máxima do “viver a vida com intensidade”, pelo que de tudo têm feito para dar o seu melhor e para depois, quando realmente as aulas terminarem, terem o descanso e o divertimento que lhes é tão merecedor.

A todos os que têm pensado em “estudar agora, divertir depois” (já que uma má nota no exame, teste, frequência irá proporcionar umas férias tristes para com eles próprios, juntamente com um sentimento muito grande de culpa por terem feito as coisas ao contrário), desejo muita sorte e acreditem que vão ser capazes de superar a última fase de trabalho.
Mariana Ventura Norte

sexta-feira, 6 de junho de 2008

IDEIAS SOLTAS - Porque as recordações nem sempre são boas…




Por mais que se tente encontrar adjectivos para qualificar o horror provocado pelo Nazismo, não existirão palavras que façam diminuir ou explicar a dor e sofrimento vividas por milhões de pessoas. Só para terem uma ideia: estima-se que os nazistas tenham matado de forma sistemática, em ritmo industrial, 6 milhões de judeus, entre eles 1,5 milhão de crianças, 3 milhões de homossexuais, ciganos, comunistas, deficientes físicos e testemunhas de Jeová e tudo apenas a pensar numa raça capaz (na visão deles) de ser a melhor e de poder dominar o mundo. Como se fosse possível que algum povo se tornasse perfeito…!

E as manifestações do Nazismo não terminam por aqui: poder-se-ia falar do anti-semitismo que atingiu o seu expoente máximo com o Holocausto, tendo este compreendido 4 fases distintas: identificação/ definição; discriminação económica e separação; concentração e extermínio (segundo Raul Hilberg, um conhecido historiador). Poder-se-ia falar no nacionalismo ético onde a noção de “raça-mestra” estivera sempre presente, através por exemplo da eugenia, que terminou com a eutanásia não-voluntária de pessoas diminuídas. Apesar de todos estes efeitos catastróficos, aquele que poderá ter sido o mais importante do Nazismo tenha sido a desconfiança e a desvalorização, durante cerca de duas gerações, nas tentativas de utilizar a Sociobiologia para explicar ou influenciar os assuntos sociais.

É que mais do que uma tentativa de concretizar objectivos económicos (com a conquista de territórios para obter mercados), o Nazismo tornou-se num racismo extremo, onde um carácter político e anti-social/cultural estiveram, infelizmente, sempre presentes.


Mariana Ventura Norte