Ao navegar pelo mundo da Internet, apercebi-me que existe um rol de mentiras que alguns historiadores consideram ser as mais usuais. No entanto, penso que não se deveria estabelecer um número de mentiras (entendidas como as mais frequentes), na medida em que o ser humano, de vez em quando, diz as suas “mentirinhas” e elas são muito variadas. Dependem dos sujeitos, das ocasiões, das necessidades (existem pessoas que encaram a mentira como uma mera necessidade),…
A mentira é, portanto, uma forma de fugir à realidade, fazendo com que a pessoa que a ouve, acredite piamente. A mentira tem de convencer, fazer acreditar e persuadir. Mas por que é que se mente? Por que é que o ser humano procura mentir quando poderia dizer a verdade?
Às vezes dizem que se mente para não magoar, para não ferir alguém. Pergunto: não será pior quando se descobrir que aquilo que aparentava ser uma verdade afinal de contas é a mais pura das mentiras?
Se repararmos as mentiras estão presentes em todo o lado: na política, nos tribunais, na publicidade, em casa, nos relacionamentos com as pessoas,…E agora, surgindo como contraponto, há quem vá a programas para dizer verdades em frente de milhões e milhões de espectadores. Verdades que possivelmente nunca diriam aos seus familiares e, ainda por cima, ganham dinheiro com isso. A lógica é qualquer coisa do género: “diga a verdade, porque é o melhor para si e, como bónus, receba dinheiro”. De facto, alguns portugueses dão a cara por coisas tão inúteis e procuram ser seres humanos à seria só para receberem o tão esperado dinheiro. Talvez acordem todos os dias de manhã e, em vez de pensarem em ajudar o próximo, procurem Euros debaixo do colchão…!
Bem sabemos que viver sem mentiras é quase uma utopia. Mas podemos tentar evitá-las. Se tentássemos ser verdadeiros, haveria mais felicidade, menos desilusões com a descoberta das mentiras e a honestidade existiria de facto. E já agora… acham que mentir é o mesmo que omitir?
A mentira é, portanto, uma forma de fugir à realidade, fazendo com que a pessoa que a ouve, acredite piamente. A mentira tem de convencer, fazer acreditar e persuadir. Mas por que é que se mente? Por que é que o ser humano procura mentir quando poderia dizer a verdade?
Às vezes dizem que se mente para não magoar, para não ferir alguém. Pergunto: não será pior quando se descobrir que aquilo que aparentava ser uma verdade afinal de contas é a mais pura das mentiras?
Se repararmos as mentiras estão presentes em todo o lado: na política, nos tribunais, na publicidade, em casa, nos relacionamentos com as pessoas,…E agora, surgindo como contraponto, há quem vá a programas para dizer verdades em frente de milhões e milhões de espectadores. Verdades que possivelmente nunca diriam aos seus familiares e, ainda por cima, ganham dinheiro com isso. A lógica é qualquer coisa do género: “diga a verdade, porque é o melhor para si e, como bónus, receba dinheiro”. De facto, alguns portugueses dão a cara por coisas tão inúteis e procuram ser seres humanos à seria só para receberem o tão esperado dinheiro. Talvez acordem todos os dias de manhã e, em vez de pensarem em ajudar o próximo, procurem Euros debaixo do colchão…!
Bem sabemos que viver sem mentiras é quase uma utopia. Mas podemos tentar evitá-las. Se tentássemos ser verdadeiros, haveria mais felicidade, menos desilusões com a descoberta das mentiras e a honestidade existiria de facto. E já agora… acham que mentir é o mesmo que omitir?
Mariana Ventura Norte
6 comentários:
Mentiras...
pois é Mariana, há quem encare o uso da mentira como uma necessidade.Não serão essas pessoas egoístas? muitas vezes mente-se para fugir ás responsabilidades, ás consequências dos erros, ao próprio medo dessas consequências. A mentira é pois, uma fuga á realidade (como disseste bem), uma fuga...é uma cobardia!
Não seremos pois homens -e mulheres- o suficiente para agirimos com alguma dignidade?
Somos todos cobardes,se todos mentimos. O presidente da república mente, a empregada do café mente, os nossos pais mentem e nós também. Somos todos cobardes?
Somos cobardes por escondermos anos a fio mentiras horríveis e pô-las a descoberto por uns míseros 25 mil euros. Valerá uma vida 25 mil euros? Valerá a nossa família, os nossos amigos, os nossos colegas de trabalho, 25 mil euros? Valerá a confiança de todos eles 25 mil euros? A cura para a desilusão é não quantificável.
Mariana:
Para comentar este teu excelente texto, vou ser um pouco polémico.
A mentira, seja em que circunstância for, é sempre algo de muito mau. Normalmente, mente-se porque não se quer assumir uma dolorosa realidade ou para se conseguir qualquer objectivo que com a verdade seria impossível de alcançar.
No programa a que te referes no texto, penso que tudo não passa de uma farsa muito bem ensaiada, uma vez que é tudo tão deprimente e execrável que sou obrigado a duvidar daquilo que se vê e ouve. Sou céptico por natureza em relação a certas coisas.
Quanto à questão mais curiosa do texto, acho que mentira e omissão são coisas diferentes, embora possam ter efeitos semelhantes, dado que, se a mentira é a deturpação completa de uma determinada acção, a omissão é uma "meia-verdade", ou seja, pode esconder de forma subtil certas componentes de uma verdade, tornando-a numa verdadeira mentira.
É pena não me poder explicar melhor, mas o comentário já vai longo.
Parabéns pelo texto.
Rubi
Comentando no "estilo Marcelo Rebelo de Sousa" apetece dizer: Eu posso mentir? Sim! Mas devo mentir? Não! Mentir é crime? Depende! Mas é condenável? Sim! Com este pequeno exercício percebe-se que se consegue facilmente justificar o injustificável, tudo dependendo do local e da oportunidade. Contudo, a condenação moral deverá estar sempre presente e deverá ser a pedra de toque nos nossos actos diários. Apetece mesmo dizer, ao analisar a crise financeira que hoje se abate no mundo, que muita gente mentiu durante muitos anos. Agora, remetem-se ao silêncio, que é de ouro, à espera que tudo passe para mais outra oportunidade de negócio milionário... p.s. hoje vou para um debate sobre a crise financeira e pelos visto vai ser do tipo "faca na liga"!! :) bjs
Ao ler o teu texto recordei algumas frases de Abraham Lincoln que aqui vou deixar:
"Pode-se enganar todas as pessoas, durante algum tempo; pode-se enganar algumas pessoas, durante o tempo todo;mas não é possível enganar todas as pessoas durante o tempo todo."
mentir, omitir ou ocultar... bem...o que penso é que por vezes a plenitude da verdade deve ser evitada quando esta pode causar constrangimento ou sofrimento...dái omitir ou ocultar factos, não me parece ser tão grave quanto mentir (com toda a conotoção negativa que a palavra carrega)...
Todavia, creio que se cada um de nós se preocupasse consigo, com as suas condutas, em vez de se preocupar com aquilo que os outros pensam de nós e daquilo que fazemos...aí sim a mentira cairia em desuso, porque nos interessava estar bem connosco e não parecer bem aos outros...
Mas tudo isto envolve grande demagogia...e, tal como a maioria dos assuntos que aqui abordas (e muito bem!), este é também um tema que se envolve com a questão dos valores sociais, das prioridades da vida de cada um... Daí que mentir possa ser um grande 2problema" para uns e uma rotina para outros...tudo depende do íntimo de cada um...
Mentir e omitir... Não são a mesma coisa mas por vezes uma poderá encadiar a outra...
A mentira é algo que é utilizado para fugir a determinada consequência, é uma forma de tudo ficar ,teoricamente, bem... Só que la está quando é descoberta a verdade... As consequências poderão ser ainda maiores!
Já que referiste um programa onde as pessoas são pagas para contar verdades, geralmente negativas... Eu acho uma hipócrisia o facto do público apludir as pessoas quando estas respondem verdade, independentemente dessa verdade revelar uma grande falta de carácter... É triste... Tudo por dinheiro...
Beijinhos!
Helder!
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