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sexta-feira, 25 de julho de 2008

IDEIAS SOLTAS - Dia dos Avós




Para mim não faz muito sentido celebrar este dia. Não é porque já não os tenho comigo ou porque não gosto deles (antes pelo contrário), mas penso que não deveria existir um dia para eles. Todos os dias são para estar com os avós, detentores de experiência e sabedoria. Qualquer dia da semana é um bom dia para estar com eles, trocar carinhos, ouvir histórias de quem passou por muito e conseguiu dar a volta por cima, dar presentes e tudo aquilo a que eles têm direito. Para quem (infelizmente) já não os tem, acredito que não precisam de um dia específico para se lembrarem deles, para se recordarem dos bons momentos que passaram juntos, pois fazem-no com bastante regularidade.


Quando penso naqueles avós que estão num asilo abandonados pela suas famílias, a minha forma de pensar muda ligeiramente. Se pensar naqueles idosos que vivem como se não tivessem ninguém, que vivem sem receber um beijo ou um abraço, sem receber uma visita daqueles pelos quais de tudo fizeram para que não lhes faltasse nada, começo a considerar que então faz sentido este dia. Um dia onde, pelo menos uma vez num ano, filhos e netos os irão visitar. Irão recordar-se dos avós, dos seus avós!

E tudo isto me parece confuso e estranho. É que, para mim, avós sempre significaram segundos pais. Pessoas extraordinárias, que assistiram à continuidade da sua geração, que sempre tiverem um papel afectivo e financeiro muito forte perante a sua família. Foram aqueles que deram tudo pelos seus filhos e netos sem querer nada em troca e agora estão sós. Já não podem dar, mas também não podem receber. Custa-me assistir a esta realidade.


Por isso, aconselho a todos os leitores a visitarem os seus avós e a pelo menos, neste dia, estarem com eles.

Para aqueles que não os têm, partilhem connosco um história que se lembrem de ter vivido na sua companhia e, para o caso de haver leitores que nunca tenham conhecido os seus avós, procurem saber junto de familiares como é que eles eram e as suas histórias de vida.


Tenho a certeza que haverá muito para contar porque já não há avós como antigamente! Hoje há avós mais permissivos que apenas se preocupam em fazer as vontades todas dos netos, estando assim, muito afastados daquilo que deveria ser o correcto. Um beijo para todos os avós!


Mariana Ventura Norte

12 comentários:

Anónimo disse...

Tens toda a razão... Os avós, presentes ou não, devem ser lembrados sempre!!

Eu já só tenho uma avó viva, os outros nem os conheci...
Amo muito a minha avó... Lembro-me que, sempre que eu a ia visitar, ela fazia uns bolinhos espetaculares, feitos no forno, com muito açúcar em cima... Eram os melhores bolinhos que já comi até hoje... :)
Infelizmente, ela agora está num lar de idosos e a sua idade avançada tornou-a mais pequenina, enrugadinha e já não se lembra de muita coisa...
Eu...não gosto de a ir visitar ao lar; custa-me ver uma pessoa que amo tanto, ali, só, frágil e que não se lembra de tudo quanto eu me lembro... Não é por não gostar dela ou por não querer saber dela, é simplesmente não aguentar estar lá... E para quem me conhece, nem preciso dizer como saio de lá...

Por isso, a todos os que podem usufruir da companhia dos vossos avós ou outras pessoas que amam, não deixem o tempo passar, não percam oportunidades de estar cm essas pessoas e fazê-las sentir o quanto as amam :)

Parabéns mais uma vez!! Continua a escrever assim :]
<3**

Anónimo disse...

Eu recordo muito os meus avós, porque tive uma infância feliz junto deles.
E recordo em particular a minha avó Maria do Carmo que me contava muitas histórias: histórias de encantar e outras da sua vida.
Recordo os fins-de-semana e férias passados em Ponte de Lima, era eu criança e acordava bem cedo para ir para o seu quarto, ouvi-la contar histórias e declamar versos que me deixavam fascinada.
E quando eu regressava ao Porto, tinha sempre um "miminho" para me dar.
Era uma mulher com muita experiência de vida e que transmitia a todos muito carinho e ternura. Estava sempre rodeada pelos seus onze filhos(poderiam ter sido dezoito,se não fossem alguns abortos e os que morreram em criança), pelos netos e mais tarde pelos bisnetos.
À sua mesa, havia sempre lugar para mais um.E às vezes já éramos tantos!
Infelizmente deixou-nos há um ano com 94 anos.
Foi sem dúvida uma grande Mulher, Mãe e Avó.

Um beijinho para todos os Avós!

Anónimo disse...

Mariana:
Aí está a verdadeira Mariana com um belíssimo texto que não necessita de mais comentários.
Parabéns.
Rubi

Anónimo disse...

OlÁ MARIANA=)
Eu tenho a grande sorte de ter os meus 4 avós vivos,mas há pessoas que n têm essa sorte,ou que nunca tiveram.
vOU falar especialmente dos meus avós maternos,que este ano comemoram 60 anos de casados,é um grande orgulho para mim,não só por ser um casamento tão feliz como por serem uns avós exemplares,muito dedicados a todas familia e é claro aos netos.
Só espero tê-los cá por muitos mais anos!

beijinhos para todos os avós do mundo e especialmente para os meus, e para aqueles que não têm a sorte de ter uma familia..

Um beijinho também pa ti mariana,até já:D

Anónimo disse...

Mariana concordo contigo acho que o dia dos avos sao todos os dias. Tenho uma filha que esta todos os dias com os avos maternos que sao para ela uns pais. Eu infelizmente ja nao tenho avos, mas recordo-os com muita saudade principalmenta os maternos com quem partilhei muitas alegrias e experiencias de vida. A minha querida avo partiu ha um ano mas trago-a sempre comigo no meu coraçao era uma mulher extraordinaria e muito "Pra frente" apesar dos seus 94 anos, relembro as suas sempre palavras amigas, os seus versos o seu croche a sua boa disposiçao.Vivia a 400 km de distancia dela mas todos os dias lhe falava. Recordo-a com muita muita muita saudade mas sei que agora esta com o meu querido avo no ceu a pedir por todos os filhos, netos,bisnetos e restante familia porque era uma pessoa MUITO boa. Para eles mando um beijo do tamanho do mundo e muita SAUDADE. A ti Marianita agradeço-te por escreveres tao bem sobre assuntos tao actuais, sinceros e com muita emoçao, beijos

Anónimo disse...

Recordar a minha avó Maria do Carmo em Sabadão e recordar algo que me faz estremecer a alma e o coração, pela sua bondade, ternura e amor. Deus a tenha junto de si porque "tem" um coração bom e na sua voz só se ouvia a doçura. Avó Deus levou-te para Si pela tua bondade e amor. UM BEIJO E FICA EM PAZ! Rui Ferreira

Anónimo disse...

Bem...desta vez o tema diz-me muito e pelas mais diversas razões...
Avós...Conheci três e o que não conheci amo tanto ou mais do que os outros... Os que conheci...marcaram-me, positiva e negativamente... Há avós que nos amam como segundos filhos, que nos querem bem, que têm orgulho em nós...Outros... bem, há outros para quem somo apenas mais alguém da familia, que nos tratam com indiferença...
Tenho uma opinião bem formada e bastante diferente acerca dos meus avós...amo-os a todos, mas uns mais do que outros, com um amor bem diferente... De todos...resta apenas uma...dos que partiram...fica uma saudade imensa e um livro cheio de boas recordações...

Anónimo disse...

Os avós são, na verdade, seres fantásticos e orgulhosos dos seus netos. Eu recordo muitas vezes os meus 4, embora me sentisse mais ligada aos maternos.Sei que gostavam muito de mim e preocupavam-se comigo, especialmente a avó Carmo.E é neste pequeno espaço que quero dizer-vos que ela foi única e uma grande MULHER. Jamais esquecerei umas das últimas frases que me disse: "Já vais para o Porto?" Algumas horas depois morria, deixando-nos um grande vazio.

AnAndrade disse...

Conheci todos os meus avós e bisavós. Fui criada pelos meus avós paternos e passava férias com os maternos que, felizmente, ainda vivem e continuam a tratar-nos a todos os quatro primos, como os meninos que, para eles, sempre fomos.
Curiosamente, nem me lembro deste Dia, que devia ser o dia deles.
Quando há necessidade de comemorar o Dia de qualquer coisa, é porque algo está (muito) errado.

Um beijo!

Anónimo disse...

Eu só conheci dois avós mas de entre eles o que mais me marcou foi o meu avô materno. Apenas porque o meu outro avô faleceu e eu ainda era muito pequeno mas a imagem que guardo é de uma pessoa muito especial. Aos avós tudo se pede e eles tudo dão, até aquilo que já não conseguem porque as forças começam a faltar. Ao meu avô Joaquim, uma daquelas pessoas especiais dedico este poema. Ele era um imprescindível, que deixou muitas, muitas saudades....

A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar noites estreladas...

Mas este querer arrancar a própria sombra do chão
e ir com ela pelas ruas de mãos dadas.

Mas este sufocar entre coisas mortas
e pedras de frio
onde nem sequer há portas
para o Calafrio.

Mas este rir-me de repente
no poço das noites amarelas...
- única chama consciente
com boca nas estrelas.

Mas este eterno Só-Um
(mesmo quando me queima a pele o teu suor)
- sem carne em comum
com o mundo em redor.

Mas este haver entre mim e a vida
sempre uma sombra que me impede
de gozar na boca ressequida
o sabor da própria sede.

Mas este sonho indeciso
de querer salvar o mundo
- e descobrir afinal que não piso
o mesmo chão do pobre e do vagabundo.

Mas este saber que tudo me repele
no vento vestido de areia...
E até, quando a toco, a própria pele
me parece alheia.

Não. A minha solidão
não é uma invenção
para enfeitar o céu estrelado...
mas este deitar-me de súbito a chorar no chão
e agarrar a terra para sentir um Corpo Vivo a meu lado.

José Gomes Ferreira

um grande beijo para o meu querido avô

Anónimo disse...

Ainda há avós como antigamente, mas não é por isso que o amor é menor... A imagem madura dos avós traduz-se em cultura e sabedoria, que por vezes nos são transmitidas!
Eu infelizmente só conheci um avô e uma avó... Aquele que mais me marcou foi e é o meu avô dado que tive mais tempo com ele e convivemos mais... Mas como eu referi acima ainda existem avós como antigamente o meu avô é um exemplo disso... Mas eu sei que ele gosta de mim e isso chega-me!

Beijinhos, Helder!

Anónimo disse...

eu so conheci as minhas avós, ambos os meus avôs morreram antes de eu nascer. da minha avó paterna, lembro m dos natais e das festas q passavamos com ela. as vezes era a unica pessoa q achava piada as palermices q eu e o meu primo faziamos :P
quanto a minha avo materna... vivo com ela e sou o unico neto dela. acho q nao ha palavras para descrever o quanto sou mimado e adorado por ela :) continua a falar cmg da mesma maneira q fazia ha 10 anos, como se eu tivesse 7 anos :P as vezes "chocamos" um bocado, mas o certo é q gostamos mt um do outro e ela ja m ajudou a passar algumas situações dificeis.

um grand abraço para todos os avos!
optimo texto, a louvar quem merece ;)
beijinhos*