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sexta-feira, 18 de julho de 2008

IDEIAS SOLTAS - Dilemas Morais




São difíceis e um quebra-cabeças para todos nós. Levam-nos a fazer escolhas e, as mais das vezes, consideramos que não existe nenhuma solução satisfatória.

Parecem encruzilhadas e impedem-nos de seguir determinados caminhos, rotas ou regras. Separar o que está certo do que está errado é uma tarefa complicada que muitos não conseguem executar. Porém, ninguém se livra deles. Podem envolver médicos, advogados, professores, arquitectos ou qualquer outra pessoa.


Se por um lado, sempre estiveram presentes nas nossas vidas (ainda que muitas vezes desejássemos que nem se chegassem perto de nós e dos que nos são queridos, exactamente pelo grau de exigência e complexidade que sustentam), por outro nunca deixaram de fascinar filósofos.

Actualmente, constata-se que os dilemas morais têm sido alvo de estudo por parte de inúmeros cientistas que, ao fazerem diversas pesquisas e testes, defendem que a maioria das pessoas, quando se depara com um dilema, escolhe a solução que é mais fácil (até aqui penso que não é novidade para ninguém). Mas, quando à facilidade se adiciona empatia ou até repúdio de alguma atitude, dá que pensar.


Para comprovar esta tese, deixo-vos um dilema moral para que possam pensar, deliberar (com tempo e traçando pontos a favor e contra) e o mais difícil: encarar uma solução que vos pareça a mais credível e a que poderá ter menores complicações: “Um combóio irá atingir 5 pessoas que trabalham desprevenidas sobre a linha. No entanto, você tem a possibilidade de evitar a tragédia, bastando adicionar uma alavanca que leva o combóio para outra linha, onde ele atingirá apenas uma pesssoa. Você mudaria o trajecto, salvando as 5 e matando uma?”


Rousseau, filósofo suíço (1712-1778), encarava que aquilo que seria o certo, o correcto, corresponderia à vontade geral e à decisão da maioria. E você, resolveria este dilema pensando como Rousseau?


Mariana Ventura Norte


15 comentários:

Anónimo disse...

Considero os comentários algo de muito importante transmitido por esta jovem intelectual que procura evidenciar/alertar, enfim, tentar informar os mais distra
ídos das realidades do nosso quotidiano.

MUITOS PARABÉNS MARIANA PELO SUCESSO DA TUA ESCRITA!

Ass.: Rui Sousa

Anónimo disse...

Considero os comentários algo de muito importante transmitido por esta jovem intelectual que procura evidenciar/alertar, enfim, tentar informar os mais distraídos das realidades do nosso quotidiano.

MUITOS PARABÉNS MARIANA PELO SUCESSO DA TUA ESCRITA!

Anónimo disse...

Bem, Mariana, no meu ponto de vista, nenhuma das opções é correcta. Salvar cinco pessoas e sacrificar uma não é, de todo, a escolha certa. No entanto, se tivesse que tomar uma decisão relativamente ao dilema que apresentaste, talvez adicionasse a alavanca, ainda que as consequências disso não fossem, de forma alguma, as mais felizes.


PARABÉNS pelo texto e pelos restantes. Estão fantásticos ! ( Nada que eu já não estivesse à espera..!)

Beijo grande, amiga'
Adoro-te

Anónimo disse...

Quando tinha a tua idade estudei um filósofo na escola que me marcou muito: Kant. Para ele, a consciência moral, não julga a moralidade dos actos pelos seus resultados, mas pela intenção. É a boa vontade que nos permite dar relevo à intenção e esta é o critério supremo da acção moral. E a partir daqui ele questionava qual era a intenção que deveria mover a boa vontade. Para o mesmo filósofo, a resposta encontra-se no respeito pelo dever. Contudo, o respeito pelo dever tanto pode expressar um simples cumprimento da lei, como a moralidade. Será um mero cumprimento da lei, quando a pessoa se limita a agir de acordo com a lei e as normas, as quais são exteriores à consciência moral da pessoa. Por exemplo: o comerciante que vende pelo preço justo apenas para manter a sua clientela ou a criança que obedece apenas por medo da autoridade. Eis mais alguns "dilemas morais" que entroncam naquilo que definimos também como "opções de vida" :) Bj

Anónimo disse...

Dilemas morais como o que apresentaste são sempre situações nas quais nenhuma solução é satisfatória, pois envolve matar pessoas inocentes.
Se pensarmos de acordo com o utilitarismo, escolheríamos salvar as 5 pessoas, porque é a que resulta na maior felicidade para o máximo de pessoas.
Mas como pode a morte de 5 ser melhor do que a morte de 1?
E se essa única pessoa for nosso amigo? Os nossos sentimentos não iriam falar mais alto?
Penso que não é fácil responder. Qualquer atitude tomada terminará em morte.

Acho o texto muito interessante,pois permite reflectir, debater e justificar.
Beijinhos.

Anónimo disse...

Apesar de ser uma situação infeliz, a melhor decisão seria certamente adicionar a alvanca dado que se irá poupar algumas vidas, apesar de que tomar uma decisão netse contexto seria algo traumatizante...

Beijos!

Helder

Anónimo disse...

AI AI ai =)
Não sei que responder,é realmente um grande dilema moral,na altura com a cabeça a ferver é que poderia obter resposta a ele..

parabéns por mais um mágnig«fico texto=)

beijinho*

Anónimo disse...

Continua a escrever tao bem :)

beijinho*

Anónimo disse...

Mariana:
Trata-se da situação do dilema clássico. Contudo, há duas questões que gostaria de focar. A primeira tem a ver com o tempo, isto é, é diferente agires pura e simplesmente por instinto o que parece enquadrar-se mais na questão, ou reagires com a razão em que tens tempo para julgares o que te dita a consciência e poderes assim optares por uma solução mais justa (se é que pode haver alguma justiça num caso destes). A segunda, teria mais a ver com a culpa. Não puxando a alavanca, é certo que não salvarias 5 pessoas de morrerem, mas se puxasses a alavanca assassinavas uma pessoa. Se tivesse tempo para pensar, talvez preferisse não interferir no destino, e optasse pela segunda hipótese.
Parabéns pelo texto e pelo tema.
Rubi

Anónimo disse...

Bem, este foi, pelo menos até agora, o comentário mais difícil que fiz, porque o tema do teu texto é, de facto, muito susceptível: primeiro, de pessoa para pessoa, segundo, das pessoas em questão no salvamento.

A primeira coisa que me veio à cabeça depois de ler o teu texto foi que preferia salvar as 5 pessoas e sacrificar uma... Mas depois vieram as dúvidas: e se essas 5 pessoas fossem criminosas e já tivessem cometido crimes gravíssimos? E se eu não as conhecesse de lado algum? Não posso simplesmente passar esta decisão a outra pessoa qualquer? (Esta seria a atitude mais fácil a tomar, ainda que não fosse a mais correcta)
E se eu conhecesse a pessoa isolada em questão? E se até fosse uma das pessoas mais importantes para mim? Ou até: E se eu conhecesse as 6 pessoas e fossem todas elas demasiado importantes na minha vida para eu escolher salvar uma/s e matar outra/s?
Como vês, há muita coisa a ter em conta numa decisão destas... Continuo sem resposta, acho que apenas no momento me podia decidir, tendo em conta as pessoas em questão...
No entanto, eu (e todos, com certeza) prefiro não ter de passar por uma situação assim ou semelhante, tendo em conta que é a vida de alguém que se vai decidir salvar ou não.
Beijinho, parabéns pelo texto :)
<3*

AnAndrade disse...

Questões, questões, questões... e nenhuma resposta peremptória. Só muitos pontos de vista, muitas teses, mais argumentos... E conclusões, viste-las!!
Não é linda, a atitude filosófica?!
;D
Beijo, minha querida.

Anónimo disse...

Só para "picar" :) um bocadinho deixo aqui dois provérbios sobre a tomada de decisões: "Quem decide pode errar mas quem não decide já errou" (provérbio romano) e "Quem decide depressa, arrepende-se devagar"(julgo que este é português). Bom fim de semana e bjs.

Anónimo disse...

Reflectindo um pouco acerca de qualquer dilema moral, concluo que embora façamos juízos e adoptemos posições, não cabe a nem ser humano decidir a moralidade de uma situação, seja ela mais ou menos complexa...decisões que envolvam o sentido da vida, de justiça são decisões difíceis, que nunca encontram um veredicto correcto, uma vez que dependem sempre do ponto de vista de quem as vive e de que está a obsrevar ou a julgar...
No entanto, e esperando nunca ter a dificil tarefa de decidir o destino de uma vida, penso que a decisão mais comum ( e até algo impulsiva) será optar pelo salvamento das 5 vidas.... ou não...

Anónimo disse...

o melhor mm é dar um berro para o pessoal sair da frente do comboio :P
agora a sério. o problema é complexo e nenhuma das soluções é agradável. mas acho q numa prespectiva social, isto é, fazendo o q é melhor para a sociedade, puxaria a alavanca. mas atenção, isto é da perspectiva da sociedade. dependendo de quem fossem as 5+1 pessoas, a opinião pode mudar. sem as conhecer, a minha perspectiva é a da sociedade e, logo, voto em puxar a alavanca.
parabéns pelo texto, este foi o q + me fez pensar ;)
beijinhos*

daiana disse...

Bem se eu sauvasse as 5 uma morreria, minha conciência se sentiria culpada eternamente,e se as 5 morressem não seria a minha culpa porque ia acontecer, agora se eu escolhesse salvar uma estaria sim matando as 5, então realmente não sei o que faria acho que DEUS sabe de todas as coisas e as vezes ele permite que em nossas vidas passem certas situacões para que a gente veja como é realmente é a realidade. Eu jamais gostaria de passar por tal experiência, mas se eu passar um dia, que Deus me dê sabedoria para salvar todas as pessoas sem ter que sacrificar ningém até mesmo porque não tenho o direito.
PARABÉNS PELOS TEXTOS TODOS MUITO BOM...