Nestes dias de tempo incerto, acompanhado de frio e de chuva, em que a felicidade teima em esconder-se, surgem algumas dúvidas quanto à sua presença nas nossas vidas. Será a felicidade eterna? Haverá mesmo felicidade? Por que é que por vezes não a alcançamos?
Quando se fala nela, as opiniões divergem. Uns afirmam que não existe felicidade, outros que o dinheiro não traz felicidade e depois há aqueles que andam felicíssimos, os sortudos!
No entanto, todos têm plena noção de que a felicidade é abrangente (pois provêm de gestos simples, como um sorriso, um abraço ou de situações mais complexas, como um aumento de um salário ou uma descida do preço dos produtos) e também, muito subjectiva, na medida em que o que torna uma pessoa feliz não é, decerto, o que torna outra pessoa feliz.
Por vezes, fazemos planos, traçamos projectos, tudo para a alcançar e, quando a temos, deixamo-la escapar. A felicidade, se não for bem tratada, foge, escorrega, vai-se embora.
“A felicidade é um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o homem” (Rousseau). E, pensando bem, tem razão. Aqui na terra, nada se mantém constante. Tudo muda, tudo se transforma, remodela, transfigura. E por quê? Porque tudo à nossa volta modifica-se e, é impossível que essas mudanças não nos afectem.
A felicidade consegue-se, adquire-se. E, faz a ligação entre aquilo que queremos e aquilo que realmente conseguimos alcançar. Sem ela, os dias ficam monótonos, cinzentos…