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sábado, 26 de abril de 2008

IDEIAS SOLTAS - Dia da Terra

Na passada terça-feira (22 de Abril) foi o dia da Terra. Talvez para muitos o dia tenha passado ao lado, ainda que tenham sido bombardeados com notícias e apelos.

Todos sabemos quais sãos os problemas ambientais e o que podemos fazer para melhorar o ambiente. No entanto, não os pomos em prática. Deixamos que todas as boas intenções não passem de isso mesmo, de intenções. Ficam em textos, em notícias, em congressos e exposições.

Afinal de contas quem não escreve ou imprime algo apenas de um lado da folha? E quem não deixa as luzes todas acesas? E quem não reparou que os restaurantes continuam a ter garrafas de plástico nas mesas em vez de jarros de água? Por vezes temos atitudes destas: inconscientes. E, se por vezes temos consciência que podíamos fazer algo para evitar esta dura realidade, não o fazemos.

Outro facto que me inquieta é ver que apesar de os governos também fazerem apelos para que se actue e se tente salvar o planeta, quando vão a outros países utilizem os seus aviões particulares. Isso não polui? Não prejudica o ambiente que é apenas e só aquilo que eles nos dizem para preservar?

Num destes dias, li uma frase num site que achei interessante referi-la a propósito deste tema: “apesar de estarmos na era do instantâneo, nem tudo é imediato”, isto é, ainda que hoje em dia tenhamos quase tudo ao nosso alcance e de uma forma relativamente rápida, qualquer atitude que tomemos para ajudar a salvar o nosso planeta (que é de todos nós), só terá repercussões mais tarde. Por isso, quanto mais cedo actuarmos, melhor.

Mariana Ventura Norte

sexta-feira, 18 de abril de 2008

IDEIAS SOLTAS - Uma questão de perspectiva(s)



Há algum tempo atrás, alguém me disse “… a minha perspectiva de ti não és tu”. Naquele momento, confesso não ter percebido o significado da frase, mas agora, penso tê-la compreendido.

Todos somos diferentes. Podemos ter semelhanças, concordar em algumas coisas e agir da mesma forma em muitos casos mas, o nosso conhecimento e o modo como encaramos uma determinada realidade são diferentes.
Esta situação deriva do facto de, tanto o conhecimento como a forma como encaramos algo, estar dependente das nossas vivências, experiências e expectativas e, como tal, quando pensamos, temos em linha de conta estes aspectos. É por isso que, perante uma mesma realidade, as pessoas podem ter opiniões divergentes, estando as duas igualmente certas (tal como António Gedeão pretendeu demonstrar através do seu poema “Impressão Digital”: “Onde Sancho vê moinhos/D.Quixote vê gigantes”.

Assim sendo, perante um problema, cada pessoa vai ter uma forma diferente de o resolver, porque cada uma vai utilizar o seu próprio conhecimento que nunca é totalmente igual à outra pessoa.
O mesmo se passa quando falamos de perspectivas. A perspectiva da pessoa em questão varia também, ou seja, a pessoa em si pode pensar de determinada forma e, as pessoas que a rodeiam podem pensar de outra forma diferente, não estando nenhuma delas erradas, porque isso depende dos acontecimentos passados, das suas atitudes e dos actos praticados.
Para além disso, pode acontecer que, uma pessoa tenha uma perspectiva sobre outra baseada apenas numa situação. Neste caso, o provável é que aquilo que se pensa não corresponde à realidade, na medida em que, não é uma situação que vai determinar a personalidade de alguém. Atribuem-se defeitos e qualidades às pessoas de acordo com um conjunto de actos, tendo sempre em conta o meio e a situação em que estes são praticados.
Mas servirá apenas um acto para determinar como uma pessoa é? Ou tudo depende de perspectivas?

Mariana Ventura Norte

sexta-feira, 11 de abril de 2008

IDEIAS SOLTAS - Respeito

ola

É comum falar-se na subjectividade dos valores, na medida em que, ao longo dos tempos, os valores estão sempre a mudar. O ideal de beleza numa época, por exemplo, torna-se numa expressão de mau gosto noutro período histórico (antigamente gordura era formosura, hoje em dia, a beleza de uma pessoa passa também pelo facto de esta ser magra).

No entanto, penso que o mesmo não se passa com o respeito, pois o conceito de respeito não muda ao longo dos tempos, o que muda é a forma de entendimento desse valor por parte de um grupo social ou por parte de uma cultura. Deste modo, o respeito é um dos valores que sempre existiu e existirá de uma forma semelhante em diferentes grupos sociais, culturas, ou seja, é de certa forma universal, pois foi aceite universalmente ainda que formulado de diferentes maneiras. Assim, o respeito é um valor trans-subjectivo, pois constitui um princípio universal que fundamenta a dignidade humana e que, atravessou várias culturas, épocas e indivíduos e resistiu (ao contrário de alguns valores que se desmoronaram).

Acredito que o respeito seja algo simples e que pode ser praticado em todos os lugares (escolas, trabalho, casa, rua, natureza) e que seja feito de gestos simples: um olhar benevolente, um sorriso, segurar a porta para alguém, escutar os outros, ajudar alguém, agradecer, aceitar as diferenças, sendo essencial para nos relacionarmos.

Infelizmente, ainda existem pessoas que possuem um desejo irracional de possuir, não respeitando as coisas e, acabam até, por destruí-las. Contudo, esta não é de todo a atitude mais correcta, pois devemos apreciar as coisas (quer sejam ou não nossas) e respeitá-las. O ser humano está constantemente a necessitar/precisar de coisas novas para satisfazer as suas necessidades, criando um ambiente belo e grato, para que possa descansar e viver melhor.

É necessário aprender a conservar as coisas, ter bom gosto, limpeza, respeito. Só desta forma, será possível o respeito, que é sem dúvida alguma, a base de todo o ser humano.

Mariana Ventura Norte

sexta-feira, 4 de abril de 2008

IDEIAS SOLTAS -Pobreza Mental

ola


Para muitas pessoas, esta é, a última (e a talvez a única) forma de viver, onde o imperativo é comprar.

Aprendemos a comprar aquilo de que realmente precisamos, mas acabamos sempre por comprar tudo aquilo que realmente não precisamos. Fomos ensinados a viver com o indispensável, mas vivemos com aquilo que se pode dispensar. Sabemos que não temos muito dinheiro, mas queremos sempre ostentar que o temos. No fundo, quase que vivemos para nos iludirmos, para nos enganarmos, para fugir à realidade e também para sermos aceites num grupo onde a futilidade é o pré-requisito.

Com as nossas atitudes, damos vida a palavras como “aparência”, “falsidade” e “inutilidade”.
Vestimos só roupa de marca (alguns até são escravos da marca X), compramos algo porque os amigos têm e as nossas conversas tornam-se vazias, sem fundamento.

Esquecemos o mais importante. Prestamos atenção ao acessório e a tudo o que é insignificante.
Será que apenas nos interessa a popularidade? Ou será que o mais importante é sermos nós próprios sem adereços? Se seguirmos este caminho da ambição, o que será de nós, no futuro? Seremos felizes? Será que as pessoas que têm esta pobreza mental estão felizes?

No meio de tantas perguntas, importa ressalvar que, a meu ver, este tipo de pobreza é a pior de todas, porque não nasce connosco, mas somos nós que, através das nossas escolhas e das nossas atitudes, a alimentamos e, quando olhamos para trás, vemos que perdemos toda uma vida rica em carinho, afecto e amizade e compreendemos que este tipo de vida poderá não ter retrocesso…

Mariana Ventura Norte